Após três meses de indefinição, a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) vota nesta semana o projeto que fixa o piso regional. A mensagem do governo propõe um índice de reajuste, que deveria ter entrado em vigor em 1º de janeiro, de 6,86% para todas as nove faixas salariais. O percentual é o mesmo adotado pelo governo federal para elevar o salário mínimo nacional em R$ 545 este ano.
Se em Brasília, a bancada governista conseguiu impedir a aprovação de qualquer emenda que alterasse a proposta do Executivo, tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado, aqui no Rio os parlamentares buscam um consenso em torno de uma proposta que atenda os anseios dos trabalhadores, sem prejudicar o empresariado fluminense, principalmente os produtores rurais.
De acordo com o presidente da Comissão de Trabalho da Alerj, deputado Ricardo Abrão (PDT), na quarta-feira, quando começa a discussão da mensagem, haverá inclusão de emendas ao projeto. A principal delas prevê um reajuste de mais 4,5%, além dos 6,86%, para repor as perdas salariais dos últimos anos.
“É bem provável que seja apresentada uma emenda com percentual a mais de 3%, para ficar um meio termo entre a proposta do governo e o que querem os trabalhadores”, disse Abrão.
Líder da oposição, o deputado Luiz Paulo (PSDB) afirmou que apresentará uma emenda cujo o valor mínimo do piso fique em R$ 600, conforme orientação nacional do partido tucano. Pela proposta do governo, o piso da faixa 1, dos trabalhadores rurais, passará de R$ 553,81 para R$ 591,28.
Também haverá emendas propondo a extinção de faixas e a inclusão de novas categorias à lei do piso regional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário